Da importância de ser consumidor sem ser consumido

“Formar e informar os consumidores com o objectivo de os capacitar a discutir e a fazer escolhas fundamentadas de bens e serviços e a adquirir consciência dos seus direitos e obrigações.” (ONU, 1985)

Esta frase é o mote para um projecto que tem vindo a ser desenvolvido na escola e que tem por base fomentar a reflexão sobre o consumo nas suas várias vertentes, nomeadamente na área económica e na área ambiental.

Nas últimas três décadas, a União Europeia (UE) deu realce à importância da Educação do Consumidor como um direito inalienável do mesmo.
Mais recentemente a Comissão Europeia definiu o consumidor como um agente económico que tem responsabilidades ao nível do seu mercado interno e de quem se espera as competências necessárias para decifrar um rótulo ou ler um contrato no consumo quotidiano.
Esta posição da UE requer revisão, especialmente numa Europa cada vez mais integrada a várias velocidades, com a sociedade civil e os mecanismos à disposição dos cidadãos consumidores de cada país em estádios bem diversos de desenvolvimento.

A educação do consumidor é essencial para integrar o indivíduo no mundo partilhado por todos no presente e ajudá-lo a interagir de forma eficiente que garanta o futuro das gerações vindouras. Esta responsabilidade é atribuída a todos os consumidores, actualmente muito cientes e defensores dos seus direitos, mas que cada vez mais sabem que as suas acções (escolhas) individuais afectam não só a si mas todos aqueles que os rodeiam.

Tendo em conta tais pressupostos, a Escola Básica e Secundária da Calheta propõe o ciclo de conferências que aqui se divulga, intitulado Educar para o Consumo e que tem como objectivo primordial informar e fazer discutir algo que a todos diz respeito como cidadãos de forma individual e de forma colectiva, inseridos que estamos num todo.