"A Balada da Sociedade de Consumo"
"Havia a sociedade de consumo.
Mas eles perguntavam: e o homem? É só o que consomem
é só o homem e o seu sumo?
Onde está o homem? O homem? O homem?
E cantavam nas margens dos grandes rios.
Havia automóveis frigoríficos televisão
havia sociedade por acções.
Mas eles perguntavam: e o amor? É só a solidão?
É só esta mobília a prestações?
E cantavam nas margens dos grandes rios.
Havia o verbo ser e o verbo ter
havia o não haver e o haver demais.
Mas eles perguntavam: e viver?
É só este não ser para ter mais?
E cantavam nas margens dos grandes rios."
Manuel Alegre
Mas eles perguntavam: e o homem? É só o que consomem
é só o homem e o seu sumo?
Onde está o homem? O homem? O homem?
E cantavam nas margens dos grandes rios.
Havia automóveis frigoríficos televisão
havia sociedade por acções.
Mas eles perguntavam: e o amor? É só a solidão?
É só esta mobília a prestações?
E cantavam nas margens dos grandes rios.
Havia o verbo ser e o verbo ter
havia o não haver e o haver demais.
Mas eles perguntavam: e viver?
É só este não ser para ter mais?
E cantavam nas margens dos grandes rios."
Manuel Alegre
publicada por Ezequiel Figueiredo @ 00:40
1 Comentários
1 Comentários:
Amigo Ezequiel, antes de mais, Parabéns pela ideia. Parabéns pela maneira simples, inovadora e clara como organizaste um conjunto de informação tão pertinente.
Se a disponibilidade o permitisse, iria certamente assistir a algumas conferências. Esperemos que, a ideia possa ser exportada para o continente juntamente contigo.
Obrigada pelo teu contributo para o desenvolvimento de uma sociedade mais responsável civicamente .
Sara Diogo
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